Projetos do Rota 2030 captam mais de R$100 milhoes

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A primeira rodada de projetos ligados ao Rota 2030 gerenciados pela Fundep, a Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa, fechou o seu ciclo em dezembro com quinze propostas aprovadas com valor de financiamento de R$ 109 milhões. Os projetos serão desenvolvidos até o final de 2022 por vinte empresas e envolvem
inovações de biocombustíveis, segurança veicular e sistemas alternativos de propulsão.

Do total desembolsado para custear as pesquisas, R$ 29 milhões foram aportados pela Fundep — e o restantes pelas companhias envolvidas. Pelo lado das montadoras de veículos, apresentaram projetos BMW, Caoa Montadora, CNH Industrial, DAF, Ford, General Motors, Hibrema, Mercedes-Benz, Renault e Stellantis. Também haverá participação das sistemistas e fabricantes de auto-peças AVL, Bosch, Clarios, Marelli, Sabó, Umicore e Vector Informatik. A fabricante de motores FPT também participa, assim como a Unica, entidade que representa os interesses dos produtores de cana de açúcar.

Um dos projetos é o de aplicação de ôzonio em motores a combustão, que terá desenvolvimento da Marelli com a UFSM, a Universidade Federal de Santa Maria. A aplicação do ozônio nos motores, segundo a descrição do projeto, reduz o volume de poluentes emitidos a partir da queima do combustível. O financiamento do projeto é de R$ 998,6 mil.

Ford, Bosch e a Facens, a Faculdade de Engenharia de Sorocaba, pesquisarão sistemas de detecção de motocicletas no ponto cego por meio de radares. O recurso destinado a esse projeto foi de R$ 997,7 mil.

A FPT, a Universidade Federal de Itajubá e a Unesp, a Universidade Federal Paulista, estão debruçadas em projeto de motores flex para veículos comerciais. O projeto trata da mistura de biocombustíveis no diesel e recebeu R$ 757 mil em recursos.

A Renault e a Universidade Federal de Santa Catarina pesquisarão sistema de análise de dados veiculares. O objetivo principal da proposta é desenvolver um componente eletrônico inteligente acoplável a um controlador automotivo capaz de capturar dados de controle, sensores e atuadores do motor durante o funcionamento do veículo e enviar os dados para um servidor na nuvem, que fará o processamento dos dados utilizando algoritmos de inteligência artificial para a detecção de anomalias e falhas do veículo. Os recursos neste projeto somam R$ 903 mil.

FCA, controlada pela Stellantis, Umicore, Marelli e a Pontifícia Universidade Católica, a PUC-MG, encabeçam projeto sobre sistema de gerenciamento da queima do etanol em motores flex com recursos de R$ 999,7 mil.

PSA, FCA, Bosch, Marelli, Unica e a Universidade de São Paulo formam o grupo que propôs projeto sobre sistemas de alta pressão de injeção operando com etanol brasileiro. Os recursos alocados nessa pesquisa somam R$ 995 mil.

FCA, Ford, General Motors, AVL e o ITA, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica, se uniram em projeto sobre injeção de alta pressão de etanol em motores flex. O recurso destinado a este projeto foi de R$ 3,6 milhões.

Caoa Montadora, Bosch, AVL e a USP investigam desenvolvimento de motor a biogás de alta eficiência para veículos de transporte de carga. Os recursos, neste caso, somam R$ 3,8 milhões.

AVL, Sabó e FEI apresentaram projeto sobre eficiência energética em motores flex com enriquecimento de hidrogênio. Os recursos alocados somam R$ 3 milhões.

Projeto de autoria da BWM, FCA, Renault, Bosch, AVL, DAF, Vector Informatik, Mercedes-Benz e USP trata do desenvolvimento integrado de funções de segurança assistida ao condutor e ambiente para veículos autônomos. Os recursos, aqui, somam R$ 3,6 milhões.

General Motores e a Unicamp pesquisam blindagem veicular com aplicação de metamateriais ao custo de R$ 3,4 milhões. A FuelTech e a UFRGS, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pesquisam powertrain elétrico para automóveis em projeto que recebeu aporte de R$ 998 mil.

Hibrema e a Universidade Federal do ABC pesquisam sistemas de tração elétrica para veículos agrícolas. O projeto recebeu R$ 995 mil em recursos. Eletrificação também é tema de projeto da CNH Industrial com a Universidade Federal de Minas Gerais, mas no campo da aplicação em veículos fora de estrada. Neste caso os recursos somam R$ 1,6 milhão.

Por fim, Renault, Clarios e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná pesquisam baterias de íon-lítio em projeto que captou R$ 2,1 milhões.

Uma segunda fase de chamadas também dentro da linha V, que envolve biocombustíveis, segurança veicular e sistemas alternativos de propulsão, para novos projetos será finalizada em 22 de fevereiro. Segundo a Fundep, por ora foram inscritos 15 projetos. Na sequência haverá uma terceira e última chamada de projetos. Na linha IV, que trata dos projetos ligados à ferramentaria, a Fundep informou que foram captados R$ 74 milhões e seis chamadas foram publicadas, com aprovação ainda pendente.

Fonte: https://www.autodata.com.br/noticias/2021/02/11/projetos-do-rota-2030-captam-mais-de-r-100-milhoes/32952/